Bugs que fizeram alguns aniversários

Esses dias, numa madrugada topei com um bug no toxicbuild que existia há uns 8 anos pelo menos. No dia seguinte, de manhã no trabalho, um colega me fala que encontrou um bug que estava lá quase há 6 anos. E além disso ser engraçado e bem curioso que dois bugs arqueológicos tenham sido encontrados num espaço de horas, me deixou pensando sobre a coisa de escrever software.

A gente até tenta

A primeira coisa que vem à cabeça quando alguém lê isso claro que é: «porra, mas você é burro também, hem». Errado não tá 100%, eu trabalho sozinho no toxicbuild mesmo, poderia ser isso. Mas no trabalho somos um time, então aí fica mais difícil culpar só a burrice. E a gente nem é desleixado, a gente tenta fazer a coisa bonitinha. No trabalho nossas rotinas de testes são parecidas com as do toxicbuild, que eu sei que não são perfeitas, mas considero ser algo honesto e que se pode confiar - até onde se pode confiar…

A primeira coisa que eu pensei foi: «preciso melhorar nossos testes» e isso é uma verdade, sempre há espaço pra melhorar, mas as coisas nem sempre são tão diretas assim. No caso do bug do trabalho, um teste fuzzy talvez tivesse pegado, mas o nosso código lá roda em um lugar estranho com gente esquisita, não é tão simples assim rodar uns testes doido lá. Já no caso do toxicbuild isso não seria suficiente, o problema não era com um input estranho, era uma interação entre o que eu escrevi e o ambiente no geral, tudo rolando junto, tanto que só peguei o bug quando mudei as parada de servidor (e nem foi a primeira mudança).

Mas sempre vai faltar

Encanado com isso de melhorar as coisas duas coisas me ficaram claras: precisa melhorar e nunca vai ser o suficiente. Nossa, descobri a pólvora agora! Todo mundo sabe que bug free não existe. Mas é curioso mesmo assim depois de vinte anos escrevendo software ver os bugs escapando assim.